Revista Literária

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Esquecer e Promessa




 Como se eu quisesse nunca mais esquecer: Prometi
Não me renderia.
           
Ouvi de ti que cumprir minha promessa seria um milagre.

O sofrimento sempre traz consigo a necessidade de esquecê-lo.
Só há dor real, quando o tormento é eternamente presente,
Em cada fragmento de palavra há uma solidão; mesmo rodeado de fantasmas.

O escapismo moderno, aliado ao simbolismo, diz para o romântico:
“Esqueça!”
Enquanto, que eu sou refém de minhas belas lembranças
E da reminiscente saudade.

Sempre falo de você, sempre lembro você ,mas digo a mim mesmo que não te amo.
Assumo a responsabilidade desta mentira
 como uma criança,
que está louca para fugir da culpa:
“não fui eu!”

Perdoe-me,
Pela força do hábito de render-me a ti.
Menti, sei que minto, e você sabe a verdade.

Vigio os teus passos ,como a vodca ao gelo, esperando, enfim, a homogeneidade. 
           
O alcoolismo,
Nem sempre bem, mas muito vindo,
Enquanto é isto,
Ressaca o desejo das mulheres que passam por mim.

Sei que um dia lembrará do passado, e verá que está tudo errado,
Tenha certeza, que irei cumprir a promessa. Matarei a saudade daquele abraço,
Darei os dedos das minhas mãos aos dos teus pés
Juntamnte com as lembranças,
Transformaremos tua saia azul mentira em uma rosa vermelho verdade.