Não sei
exatamente porque, mas acordei no meio da sala. As pessoas falavam sem parar,
eu não entendia nada, e nem fazia muita questão de entender. Não conseguiria
voltar a dormir, não conseguiria relaxar deitada, nem muito menos levantar para
pegar um copo de água.
Tive que me
dar por si. Foi a reflexão mais sábia da minha vida. Estava acostada em uma perna,
que cordialmente, servia-me de travesseiro. Virei e vi um fundo branco,
misturado com um negro perdido, mas que em mim havia se encontrado. Durante
alguns minutos, aquele encontro pareceu eterno.
Começamos a
conversar, mas ele nem falava o que dizia, nem eu ouvia aquelas palavras. A
estaticidade daquele momento fez o branco, cada vez mais negro brilhar
desfocando qualquer pensamento, que não fosse o fluxo do desejo desenfreado por
um beijo.
Naquele
instante, não havia nem mais a sala. Tudo era novo, constituído apenas de nosso
olhar. Tenho certeza, que fizemos uma casinha na praia, só um banheiro, cozinha,
e uma cama, onde ainda hei de fechar os olhos.
Se mãos e olhos fazem parte de um mesmo ser, espero ler toda a anatomia. Se não fazem, deveriam.
ResponderExcluirMaravilhoso texto, me perdi nos meus pensamentos
ResponderExcluirhttp://pitadadecinema.blogspot.com.br
Quando nos apaixonamos, realmente tudo faz mais sentido :)
ResponderExcluirtexto curto porem profundo...Parabens
ResponderExcluirQue lindo... Em poucas palavras nos faz viajar...
ResponderExcluirQue lindo, eu me assustei no incio, pensei outra coisa, mas a história foi desenvolvendo com a leitura e cheguei ao ponto do desfecho...Su eufemização para a morte é linda e romântica
ResponderExcluirNossa, adorei..
ResponderExcluirhttp://mclaynnebeauty.blogspot.com.br/
Gostei.
ResponderExcluirO texto é curto, mas tem bastante mensagem. Engana os olhos, e enche a imaginação.
Parabéns pelo estilo.
Abrs!
www.redutonegativo.blogspot.com