Revista Literária

terça-feira, 17 de abril de 2012

Entregue



Teu corpo
É o sacrilégio da minha existência,
O final da beleza do romantismo,
O epitáfio da minha racionalidade.

O princípio de tuas pernas em minhas mãos firmes
subindo e eriçando cada pelo
descorado de tua coxa dourada,
que se derrete com meu anular bandido
dando passagem ao indicador para o que é o meio,
entrar devagar e inteiro

Minha boca vai ao teu pescoço buscar aquele cheiro.
Vontade de continuar sem parar,
recíproca revelada pelo arrepio e suspiro à minha chegada

Detalhadamente tiro cada peca.
Por último está a molhada.
Respiro-a, beijo e vejo teu sorriso receptivo.
Que mal sabe o tão longe que irei chegar

Nunca o sul esteve tão quente e úmido,
ajudei com gelo, que quase evaporou em minha boca seca.
Suas unhas arrancavam minhas costas:
Gritei de macho, como quem diz a fêmea que não ira parar

Ora ou outra subia ate tua barriga e costas,
Mordia cada sinal que via.
Às vezes volto à perna e subo com mais,
para que não se deixe escapar

Desta mulher,
de peitos firmes,
pernas duras,
bunda linear,
que se desabrocham com minha língua,
enfraquecem com meu sorriso.
Perco o caminho de casa,
pois dentro dela sou meu lar

Finalmente nos agarramos
em fúria,
Sem dor .
Só paixão,verdade,desejo,tesão,liberdade(...)

Os olhos castanhos,
A rachadura no lábio inferior,

Caricias leve em teu cabelo
Despontam os cachos,
Ora claros,ora escuros.

Revelo-te o prazer de te
amar.