Revista Literária

domingo, 28 de novembro de 2010

Lamento Carioca

É tão fácil matar,
Um tiro.
Por que não atirar em todos?

Fim.

A paz reinará
O Rio será lindo.
Eu, meu filho e minha mulher
Caminhando na lagoa sem medo

Eu, meu, minha?
Será que tudo é só isso?

Se o seu pai tiver um filho baleado?
Não importa né?
Ah, não, sim, isso sim, mas é culpa dos políticos.

Bandido tem que morrer!
A polícia tem que invadir tudo! Simples.

Difícil é pra mãe do Alemão,
Cria seu filho
Tenta dar o que ela não teve
Agora,
Chora.
Ele quer chorar também
Está com medo
Quer abraçá-la
Não pode

Sabe por quê?
Se ele sair, ele vai morrer
Sabe por quê?
Por que você quer matá-lo
Eu quero matá-lo
Os políticos querem matá-lo
Sabe por quê?
Bandido tem que morrer!

Assassino.

sábado, 13 de novembro de 2010

Seu teatro,minha vida


Em fios movimentava-me,
Sem cor, paixão, nem um pouco d’água.

Quando lhe interessava me pegava,
Fazíamos um show
Mas nem remuneração desfrutava

Não era mais um,
Fazia-te feliz,
Enquanto todos choravam de gargalhada (...)
Da minha cara.

Passava meses no armário,
E você nem me ligava.

Eu gosto de amar muito
Por quase nada
Prefiro que me ame
Mesmo que seja só uma cena marcada.