Revista Literária

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Coube?

Vejo-a triste
Não sei bem o motivo
Mas compadeço-me
Com tua solidão descoberta

Não há receita para o amor
O amor é amar
Olhar ao lado e estar sendo olhado.
Ninguém a vê

A estabilidade desequilibra tuas pernas
Não cai pelos empurrões vacilantes
Das risadas cobertas de um pouco mais que nada

A porta está entreaberta
Dar-te-ei minhas mãos calejadas
Às tuas unhas feitas
E verei teu sorriso de nunca

Cabe a Deus,
Por linhas tortas
Permitir que eu ame
A mais bela
De suas criações

Cabe as sete ondas que pularei,
As roupas íntimas que usará
A Yemanjá agarrar nossas flores
E revelar no céu uma só estrela

Cabe a mim ser a poesia
Que lerá todo dia
Entre as nuvens
Buscarei a mesma luz que estará olhando

Cabe a ti ser a alegria
Que me falta nos domingos sangrentos
Sem letras, cartas e palavras
Nem mesmo idéia para um poeminha

Caberá ao tempo
Não demorar
A nos encontrar
Presenteando-nos com um novo amor
Nesta nova temporada.

12 comentários:

  1. "Liberdade é ter um amor pra se prender" F. Carpinejar

    Pelo visto, o ano novo será de vermelho.
    Boa sorte!

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  2. Se cada parte que cabe aos outros é um pedaço daquilo que falta em ti, espero que este vazio seja apenas metafórico.

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  3. "Não há receita para o amor" Lindo!
    Parabéns pelo texto, você escreve muito bem.

    Abraços.. =)

    http://rejane-ferreira.blogspot.com/

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  4. Bem legal..

    ***
    Escrevo pro: http://cafedefita.blogspot.com/
    (Patrícia Araújo - Colaboradora)

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  5. lindo, lindo, lindo! a esperança de ano novo mais bem descrita! :)

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  6. Linda poesia, Adorei!! Ja estou te seguindo! Abraços Thata http://cafecomtrufa.blogspot.com/

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  7. deveras cabe ao tempo..muito belo o poema, parabens.
    www.moinhosdeventto.blogspot.com

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  8. Legal o teu blog.
    mariibrigaderio.blogspot.com

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